No passado sábado, o Presidente da Republica Portuguesa efectuou pela terceira vez, uma visita ao “famoso” bairro da Cova da Moura.
Nesse mesmo dia, a Frente nacional organizou no Martim Moniz, uma manifestação com o pretexto de combater a violência em Portugal, tendo como rastilho para a sua causa os acontecimentos de Carcavelos.
Estas duas iniciativas vieram demonstrar, o carácter ambíguo que se encontra na sociedade portuguesa.
Uma divisão de argumentos a respeito do pseudo chamado “ novo fenómeno” que é a criminalidade com ligações ao fenómeno migratório.
Se por um lado o Presidente da Republica tentou deitar água na fervura em relação aos acontecimentos recentes, os radicais de direita, nacionalistas radicais, fascistas, nazis e afins, viram em Carcavelos a oportunidade ideal de aumentarem o número de contestatários aos imigrantes em Portugal.
O que dizer perante um facto destes?
E o governo, onde cabe o seu papel no meio disto tudo? Será que não existe mais nada para além do défice?
A acção do Sr. Presidente da Republica foi de louvar no entanto peca, por não se adoptar à situação actual, onde se vive um clima de medo e de ódio em relação aos imigrantes.
Medo, esse derivado de uma contínua politica de realojamento urbano, e inserção social digna de um pais de terceiro mundo.
Por outro lado, assiste – se a um crescente aumento e protagonismo por parte de grupos de extrema-direita em Portugal, que vive e alimenta-se desse medo!
Não nos devemos esquecer que a ascensão de Hitler na Europa se deveu essencialmente também ao medo europeu que a Europa de então sentia em relação ao Comunismo ditatorial! O que anda a fazer então o Governo em relação a este fenómeno?
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