sábado, setembro 24, 2005

Felgueiras – O Cinismo Continua!

Vale a pena ser ladrão e ter propósitos pouco honestos neste país de preferência se a pessoa for candidata à presidência de uma autarquia, pois sofre de imunidade judicial!
O que mais me surpreende é o facto de uma pessoa ter fugido do país com um mandato de captura, e aquando do seu regresso, ser posta em liberdade, e o povo estar do lado da referida pessoa!
Eu gostava de ver se Eu como simples cidadão português, fosse acusado de um crime se teria a mesma facilidade de fugir do pais e regressar um tempo mais tarde como um herói vítima de uma cabala contra a minha pessoa!
O caso fica mais grave quando o partido que se encontra no governo, negoceia com a arguida a sua candidatura à câmara de Felgueiras o seu regresso e os propósitos da sua campanha.
Deste triste episódio da democracia portuguesa sobressaem três factos, o primeiro é que existe em Portugal desigualdades gritantes e gravosas no sistema judicial português, pondo em causa as instituições e os tribunais;
O segundo é que o povo Português é estúpido ou então é desinteressado da falta de respeito que sofre por parte dos partidos políticos do sistema.
E terceiro pode – se concluir que os partidos políticos são apenas uma fachada e que dentro deles circula um polvo que vai mexendo os seus tentáculos de acordo com o que mais lhe convém!
Foi para isto que se deu o 25 de Abril, acho que não mas enfim, é o país que temos, e pelo vistos o povo gosta mais do sistema “ pão e circo” que os média do sistema nos vão imposto.

segunda-feira, setembro 12, 2005

O Índice de Desenvolvimento Humano em Portugal

Portugal caiu um lugar no Índice de Desenvolvimento Humano de 2005, divulgado a semana passada pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD), ocupando agora o 27º lugar. Relativamente ao ano passado, Portugal foi ultrapassado pela Eslovénia e tem à sua frente 15 Estados-membros da União Europeia. A lista de 177 países é liderada pela Noruega. Segue-se-lhe a Islândia, a Austrália, o Luxemburgo e o Canadá!
Mas para se perceber este retrocesso do nosso país em relação aos outros países da União Europeia importa perceber o que é o Índice de Desenvolvimento Humano.
Para medir o desenvolvimento humano, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento propõe o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que se tem revelado muito útil na analise do desenvolvimento humano, quer permitindo tomar consciência de situações que não eram abrangidas pelos indicadores usualmente utilizados, quer permitindo estabelecer comparações no tempo e no espaço.
A construção do Índice de Desenvolvimento Humano baseia-se em três indicadores:
- Longevidade, que é medida pela esperança média de vida à nascença;
- Nível educacional, medido pela combinação da taxa de alfabetização adulta e taxa de escolarização;
- Nível de vida, medido pelo Produto Interno Bruto real per capita em dólares.
De um modo muito simples pode-se explicar o atraso do nosso país em relação ao resto dos estados membros da União Europeia:
Se a esperança de vida dos Portugueses representa o único indicador onde realmente existem melhorias consideráveis, por resultado dos avanços médicos e melhoria das condições de vida dos portugueses nos últimos trinta anos.
A educação continua pelas ruas da amargura em Portugal, pois apesar do propagandeado programa do governo em relação a esta, a realidade nua e crua é que esta não se adequa às reais necessidades que envolvem cada escola.
Ao nível do nosso rendimento, o caso assume proporções preocupantes, pois o rendimento gerado em Portugal está cada vez menos distribuído de forma uniforme!
Pois os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, não existindo forma por parte da sociedade Portuguesa de dar volta à questão por carolice ou puro conformismo com o sistema vigente!
Portanto não se admire que continuemos na cauda da União Europeia, como um dia alguém disse “ Orgulhosamente sós”!

terça-feira, setembro 06, 2005

A Vergonha Americana!

Estamos no século XXI!!! Parece mentira mas é verdade, já lá vão cinco anos desde que entramos no novo milénio.
Lembro me de ver nos anos 80, filmes futuristas e séries a respeito deste século, muitos demonstravam uma sociedade destruída pelos efeitos da guerra-fria, outros porém mostravam uma sociedade quase perfeita, digna do livro Utopia, de São Tomás Moro.
Uma sociedade onde não existiram diferenças sociais, nem actos xenófobos ou racistas.
Pois bem o furacão Katrina, para além de demonstrar que a força da natureza é mais poderosa que o homem e o seu engenho, mostrou uma América onde existem situações iguais a muitos países do terceiro mundo!
Uma América onde os pobres são mais que muitos e tem dificuldades semelhantes a muitos países do terceiro mundo.
Como é possível que o país mais industrializado do mundo trate assim os seus cidadãos, só porque não tem um carro grande, ou uma casa num bairro fino, ou porque são de pele negra amarela, ou falam espanhol!
A ajuda a Nova Orleães chegou tarde demais, após o furacão, o processo de evacuação das pessoas aquando da chegada do furacão não teve em conta os diferentes estratos sociais da população e a realidade concreta dos modos de vida de uma cidade muito estratificada a nível social!
É curioso como os EUA demonstram ser sempre a potência dominante no mundo, tem o maior exercito e gastam dinheiro em equipamentos militares e segurança interna como ninguém, no entanto esquecem que existe uma América que todos os dias lutam pela sobrevivência, que é perfeito exemplo de exclusão social!
O dinheiro que gastam na defesa serviria perfeitamente para fornecer aos habitantes de Nova Orleães, um conjunto de ajuda que colmatasse os feitos trágicos do furacão, bem como uma evacuação eficaz da população.
É incrível que o presidente dos EUA, com a sua ambição bélica não tenha em conta os reais problemas dos seus cidadãos.