terça-feira, dezembro 06, 2005

Mobilidade, o Eterno Dilema!

É hora de ponta em Lisboa, as pessoas atarefadas entram nas suas viaturas e rumam direcção a casa.
No entanto chegar a casa torna-se um verdadeiro martírio, pois o transito é caótico, quer para quem mora nos concelhos de Sintra, Oeiras, Almada, Seixal, Amadora, Vila Franca de Xira.
Este para arranca diário, justificado pela mentalidade retrógrada dos portugueses que não gosta de andar de transporte públicos rende ao estado diariamente muitos milhares de euros.
Pois cada litro de gasolina ou gasóleo vendido em Portugal o estado ganha 75 cêntimos por litro, ora tendo por base o valor da gasolina 95, vendida durante o mês de Setembro que foi o valor mais elevado de sempre, 1,27€ por litro, a pare com o gasóleo cujo preço rondava os 1,018€.
Não poderia ser usado este dinheiro para melhorar os transportes públicos, na Área Metropolitana de Lisboa, nomeadamente oferecer maior rapidez e eficiência destes, em vez de servirem para sustentar luxos de gestores de empresas públicas.
É urgente tornar competitivos os transportes públicos na AML, aliado ao facto de estes servirem realmente as pessoas ao nível das suas carências de mobilidade.
Portanto é imperativo reforçar a rede de metro de Lisboa, reforçar a segurança, rapidez e conforto na linha de Sintra, melhorar a eficiência da linha de Alverca, e estabilizar o preço dos bilhetes dos comboios da margem sul, dando – se assim uma maior prioridade ao sector ferroviário na AML.
Importa ainda tornar os passes sociais mais competitivos ao nível de preços e de combinação com os diferentes transportes.
Ao nível do sector rodoviário na AML, importa reforçar as carreiras das áreas suburbanas de Lisboa, tornando as eficientes, de baixo custo e acima de tudo com um horário eficaz de acordo com as necessidades da população.
Importa ainda referir que os terminais rodoviários e ferroviários, necessitam em muitas áreas da AML de equipamentos de conforto segurança e salubridade, que dêem resposta às reais necessidades dos utentes dos transportes públicos.
No entanto, todas estas medidas só serão eficazes se as pessoas deixarem de ser comodistas, deixando o carro em casa.
E exigir – se aos gestores dos transportes públicos em Portugal melhorias acentuadas nestes a bem da qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente envolvente.

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