quarta-feira, dezembro 21, 2005

Desemprego com Canudo!

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego subiu 3,2 por cento em Novembro face ao mesmo mês do ano passado.
As mulheres continuam a ser as mais atingidas pela falta de trabalho.
Com excepção dos desempregados sem qualquer grau de instrução cujo o número diminui 2,3 por cento, todos os níveis de habilitação escolar registaram acréscimos idênticos, com um vergonhoso destaque para o ensino superior com 15,9 por cento.
Pois bem, parece que vivemos numa ambiguidade de politicas económicas, se não vejamos;
Por um lado os sucessivos governos querem apostar fortemente na educação e dizem que a única forma de desenvolver o nosso país é criar formação na mão-de-obra por modo a ela ser competitiva e dinâmica e, competir de igual modo com outras economias nacionais.
Por outro lado quem se acaba de licenciar não encontra emprego na área de formação, ou então vive o drama do desemprego.
Todo este cinismo, governativo dos últimos anos mostra um país a dois sentidos, o primeiro que fala e propagandeia a ideia de uma sociedade instruída, é a solução, a segunda de um país que tem vontade de evoluir que se instruiu para tal, mas é asfixiado pelos lobbies partidários e vitima de um sistema fiscal que assusta quem quer investir e não pertence a nenhum partido politico do sistema!
No entanto, promete – se empregos com grandes investimentos, fala – se em planos tecnológicos, entoam – se cantos de vitória por Bruxelas nos dar mais dinheiro, enfim diz – se que vai existir um crescente numero de empregos com estas novas medidas.
Estes empregos que na realidade não vão absorver a mão-de-obra de nível superior em Portugal, mas sim alimentar um conjunto de boys de diferentes ramos partidários, só os empregos de baixas qualificações é que ficaram disponíveis para a população em geral.
Portanto não se surpreendam se este número de desempregados licenciados continuará a aumentar, e muitos emigrem, ou comessem a fomentar actos de radicais e de exclusão social.
E assim vivemos num país desenvolvido da União Europeia!

terça-feira, dezembro 06, 2005

Mobilidade, o Eterno Dilema!

É hora de ponta em Lisboa, as pessoas atarefadas entram nas suas viaturas e rumam direcção a casa.
No entanto chegar a casa torna-se um verdadeiro martírio, pois o transito é caótico, quer para quem mora nos concelhos de Sintra, Oeiras, Almada, Seixal, Amadora, Vila Franca de Xira.
Este para arranca diário, justificado pela mentalidade retrógrada dos portugueses que não gosta de andar de transporte públicos rende ao estado diariamente muitos milhares de euros.
Pois cada litro de gasolina ou gasóleo vendido em Portugal o estado ganha 75 cêntimos por litro, ora tendo por base o valor da gasolina 95, vendida durante o mês de Setembro que foi o valor mais elevado de sempre, 1,27€ por litro, a pare com o gasóleo cujo preço rondava os 1,018€.
Não poderia ser usado este dinheiro para melhorar os transportes públicos, na Área Metropolitana de Lisboa, nomeadamente oferecer maior rapidez e eficiência destes, em vez de servirem para sustentar luxos de gestores de empresas públicas.
É urgente tornar competitivos os transportes públicos na AML, aliado ao facto de estes servirem realmente as pessoas ao nível das suas carências de mobilidade.
Portanto é imperativo reforçar a rede de metro de Lisboa, reforçar a segurança, rapidez e conforto na linha de Sintra, melhorar a eficiência da linha de Alverca, e estabilizar o preço dos bilhetes dos comboios da margem sul, dando – se assim uma maior prioridade ao sector ferroviário na AML.
Importa ainda tornar os passes sociais mais competitivos ao nível de preços e de combinação com os diferentes transportes.
Ao nível do sector rodoviário na AML, importa reforçar as carreiras das áreas suburbanas de Lisboa, tornando as eficientes, de baixo custo e acima de tudo com um horário eficaz de acordo com as necessidades da população.
Importa ainda referir que os terminais rodoviários e ferroviários, necessitam em muitas áreas da AML de equipamentos de conforto segurança e salubridade, que dêem resposta às reais necessidades dos utentes dos transportes públicos.
No entanto, todas estas medidas só serão eficazes se as pessoas deixarem de ser comodistas, deixando o carro em casa.
E exigir – se aos gestores dos transportes públicos em Portugal melhorias acentuadas nestes a bem da qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente envolvente.