domingo, outubro 28, 2007

Crédito ao Consumo!!!!! O que é isto?


Como muito boa gente tive o desplante de ontem me ter dirigido a uma gente superfície comercial de electrodomesticos!

Para além de ter observado muito boa gente a acumular - se nas filas de espera, por ser fim do mês ( por aqui se vê a nossa falta de planeamento e gestão do ordenado!!!!), fiquei deveras surpreendido com a quantidade de pessoas que recorriam ao crédito para adquirir determinados bens!!!!

No entanto não nos devemos esquecer que grande parte destes produtos são taxados com IVA a 21%, bem como o facto de grande parte deles são importados logo o preço final é sempre bastante elevado, suportado este facto com o facto de a grande maioria dos portugueses ganhar salários muito baixos tendo em conta os nossos parceiros europeus!

Mas debrucemos nos agora sobre o recurso ao crédito, a aquisição de este acarreta que quem pede seja obrigado a expor a sua vida financeira a quem empresta, o que até aí é normal, o que não é normal é a falta de respeito que as entidades bancárias ao apresentarem um conjunto de pressupostos no contrato escritas a letras bem diminuídas, o que faz com que se gere um desconhecimento total a respeito do produto que se está a adquirir!!!!!!!

Outro factor prende - se com o facto do desconhecimento total por parte da nossa sociedade em geral de condicionantes que nos vão influenciar no pagamento do mesmo como seja juros, spreads, taeg, e taxas de juros.

Este desconhecimento resulta da falta de adaptação dos programas escolares existentes à realidade portuguesa em termos de cidadania e prestação de um verdadeiro serviço público de ensino!

Assim sendo deixo aqui algumas noções que podem ajudar a clarificar um pouco o que nos espera quando recorremos a um crédito:


"Em Portugal, Taxa Anual Efectiva Global, ou simplesmente TAEG, entende-se como o custo total de um crédito ao consumidor. É expresso em percentagem anual do montante do crédito recebido e cobre as despesas de cobrança de reembolsos e pagamentos de juro, bem como restantes encargos obrigatórios a suportar pela entidade credora (impostos, selos fiscais, seguros, etc).
Esta percentagem é tipicamente indicada em compras a prestações (em que o crédito é suportado, geralmente, pelo próprio vendedor), para justificar a não-correspondência entre o Preço de Venda ao Público (pagamento a pronto) e o total das prestações.


Spread bancário refere-se a diferença entre o preço de compra (procura) e venda (oferta) da mesma acção ou transacção monetária. Por exemplo, se comprarmos uma ação da seleção do Togo, por exemplo a 10 centavos, e vendemos a 1 real, temos um spread de 1/0,1. Grande parte do lucro obtido pelos corretores de títulos advém desta diferença.
Juro, do ponto de vista do conceito econômico, pode ser definido como a remuneração do banqueiro. Analogamente existem ainda o lucro (remuneração dos empresários e acionistas) e aluguéis (remuneração dos proprietários de bens imóveis alugados).

Segundo a economia, Taxa de juro é o chamado custo do dinheiro, o que é cobrado para emprestá-lo, basicamente. A taxa de juros básica de uma economia é fixada pelo Banco Central do país, através de títulos do Governo (e não através de decretos, por exemplo).
Essa taxa, entretanto, difere da taxa de juros corrente nos bancos e financiadoras, por exemplo. Essas instituições cobram uma diferença para essa taxa, basicamente condicionada ao risco que têm em emprestar dinheiro. Como o Governo é o mais confiável pagador que um país pode ter (se assim não o for, o país está em forte crise econômica), emprestar para outros representa um risco maior (pode ser um pouco maior ou muito maior). Além disso, o empréstimo estará condicionado a impostos, seguros, entre outras taxas.
Baixar muito as taxas de juros pode provocar, dependendo da situação do país, inflação. Grosso modo, a redução das taxas provoca um aumento do consumo, já que fica mais fácil financiar bens. Assim, se um país não está preparado para esse aumento de demanda, os bens podem escassear e provocar um aumento de preços. Em Economia, uma regra básica é: quanto mais difícil de encontrar um produto, mais seu preço tende a subir.
A taxa de juros é função da oferta de moeda em relação à demanda, que é controlada pelo governo através da emissão de títulos. O governo, ao vender títulos aumenta a oferta de títulos no mercado, diminuindo o preço destes, o que acaba por aumentar a demanda por esses títulos que, ao serem vendidos, retiram moeda da economia, aumentando a taxa de juros. De forma inversa, ao comprar títulos o governo diminui a oferta de títulos no mercado e eleva o preço destes, aumentando a oferta de moeda na economia e por conseqüência baixando a taxa de juros. O aumento da taxa de juros ou a queda da taxa de juros tem impacto na economia na medida em que interfere na expectativa de lucro dos empresários através da demanda agregada." - In Wikipedia on line.

1 comentário:

Al Cardoso disse...

Resumindo; uma grande parte dos portugueses, esta a viver acima das suas posibilidades, comprando com dinheiro de plastico e sobre ele, vai pagar muito mais do que o valor do producto!
Nao discordo da utilizacao do credito para bens de precos mais elevados: Casas, Carros ou semelhantes. Ja o mesmo nao digo acerca de outros artigos menores e muito menos acerca de usar o credito para pagamento de ferias.
Afinal existe uma forma de adquirir esses ultimos bens, usando algo que os nossos antepassados usavam: A poupanca, coisa que parece estar em desuso!!!

Um abraco e parabens pelo "post".