domingo, julho 22, 2007

Consumo!


Numa manha soalheira de sábado, que remédio tive eu de me meter a fazer compras num hipermercado, não por vontade própria mas por uma questão de necessidade familiar!

Enquanto fazia prospecções aos produtos que procurava deparei me com um conjunto de comportamentos, por parte de crianças deveras preocupante!

A necessidade de verem o carrinho de compras cheio, embalados por uma musica de fundo claramente a apelar ao consumo de forma espontânea e natural!

Muitos enquanto esperavam que os pais deixassem a fila da peixaria, deliciavam - se a simular uma operação de pagamento na caixa, outros puxavam pelos pais a pedirem os brinquedos expostos estrategicamente na entrada principal do hipermercado, por forma a monopolizar lhes a atenção.

O que a meu ver parece preocupante, ou será apenas um efeito do meio onde estão inseridos naquele preciso momento?

A forma como o consumo está enraizado na nossa sociedade cria nos comportamentos por vezes irracionais, de falsa necessidade, e de dependência! Existe até quem diga que quando nos sentimos tristes temos a necessidade de consumirmos, para nos sentirmos felizes, não sei se corresponde à verdade, mas o que é um facto é que nunca como hoje existiu tanta necessidade de se manter grandes superfícies abertas aos domingos e feriados, por forma a "ceder às pressões do mercado", pelo menos é isso que nos querem fazer pensar!

Uma coisa é certa, o comércio é a base de toda a economia e sobrevivência de uma nação, foi algo que nos foi imposto desde os primórdios da humanidade, por necessidade de organização social, contudo desde a revolução industrial este, sofreu alterações de tal ordem que lidera as acções politicas e sociais da geopolítica mundial!

Resta saber até onde esta avalanche de compra e venda desumana por parte das grandes superfícies nos irá levar!



domingo, julho 01, 2007

Um Domingo num Subúrbio de Lisboa


Para os católicos e pessoas em geral o domingo é o dia da família dia de descanso após uma semana de trabalho!

Abordemos hoje uma temática diferente de todas as outras e vamos tentar perceber um domingo num subúrbio de Lisboa, após a hora de almoço.

Muitas famílias aproveitam o bom tempo como hoje e vão dar um passeio até à praia, outras vão a um centro comercial, outras ainda aproveitam para visitar locais aprazíveis de descanso, como Sesimbra, Sintra, Cascais etc.

No entanto existem muitas outras pessoas e se calhar a maioria que não tem outro remédio senão ficarem em casa ou darem uma volta na localidade de onde moram, muitos por questões económicas, outros aproveitam para arrumar a casa, e existem outros ainda que preferem ficar em casa a descansar.

Proponho agora que nos debrucemos sobre aquelas pessoas que vagueiam pelos subúrbios de forma a passar o tempo.

Se por um lado vemos crianças a jogarem à bola na rua por falta de infra - estruturas desportivas adequadas, com os eventuais prejuízos para os carros que se encontram estacionados, bem como edifícios envolventes.

Vemos por outro lado grupos de amigos principalmente associados a imigrantes e pessoas de estruturas etárias mais baixas, debaixo de uma qualquer esplanada a ver as modas a passarem, e a ocuparem o tempo da melhor forma que podem.

Vê - se ainda muitos idosos a vaguearem junto do terminal ferroviário à espera que a morte os venha buscar, pois não encontram forma de ocuparem o seu tempo, e porque as devidas famílias não lhes dão a atenção devida, coisas dos tempos chamados modernos...........

Lembro me dos meus tempos de estudante e de termos abordado esta problemática relacionada com a falta de qualidade de vida dos subúrbios, nomeadamente à falta de equipamentos sociais e desportivos por forma a ocupar as pessoas.

A realidade aqui descrita não é inventada, nem um desabafo pessoal consiste numa tentativa de expor uma realidade comum em muitas áreas suburbanas de Portugal.

Não importa aqui apurar responsáveis pelos actuais dormitórios que se caracterizam estas áreas, importa sim é recuperar estas áreas dando lhes vida e dotando as de zonas de lazer como espaços verdes, desportivos, culturais e que estejam ao serviço da população e que vão de encontro às necessidades da população.

Hoje no dia da inaugural da presidência de Portugal na União Europeia, devíamos aprender e copiar o desenvolvimento ao nível de equipamentos ao serviço das populações que existem um pouco por toda a Europa nos subúrbios em volta das grandes cidades.