segunda-feira, dezembro 15, 2008

Estão se a Ver Gregos!!!



Na figura o perfil do português após - a euforia inicial 25 de Abril de 1974.

Nos últimos dias temos assistido na Grécia, a um conjunto de confrontos e violência que estão a dar que pensar.
São uma forma de vermos que quando as politicas socais não existem, quando a corrupção elitista, aliado ao desprezo na satisfação dos mais elementares pressupostos ao bem estar da vida humana, nomeadamente a saúde, educação e emprego.
Origina esta escalada de violência de proporções preocupantes.
Não ouvimos falar em violência na Islândia, país que se encontra na bancarrota financeira, e porquê???
Porque se calhar, na Islândia o bem comum a satisfação da população é e foi sempre uma prioridade, não se preocupam com futebol, nem em ver programas de Feliz Natal para ajudar criancinhas de umas associações XPTO.
Em Portugal temos desigualdades gritantes, no entanto a politica da Mini nas tascas, da cunha, do Sr. Doutor, do sindicalista que gosta de Macdonalds, do merceeiro que não dá factura, da LC do puto de 15 anos que foge à policia, da gasolina e gasóleo que não param de aumentar....
Se calhar as pessoas não se manifestam porque não nos ensinaram a pensar em nós povo português, mas sim no nosso umbigo.
Já observaram que na rua se alguém se sente mal apenas uma minoria nos vai ajudar, o resto olha com ar de reprovação sem saber o que se passa.
Que façamos como no Iraque em que um jornalista, após ser credenciado, em vez de mostrar os dentes ao líder de uma poderosa Nação invasora, que apenas defendeu os interesses belicistas dos lobbies do seu país, atirou com um sapato na testa do presidente Bush...
Então e nós??? È com betão que vamos evitar os conflitos socias que temos???
Ao contrário dos Gregos, ou Islâdeses não se pensa em Portugal, apenas olhamos para o nosso umbigo por isso é que não passamos disto...

1 comentário:

A. João Soares disse...

Caro Magno,
Se tivéssemos bons políticos nem era preciso vir o alerta da Grécia, bastava a observação atenta daquilo que se vai passando. Mas o maior mal do País consiste na incapacidade de os detentores do Poder fazerem uma análise imparcial séria e honesta da situação e estabelecerem prioridades para enfrentar as piores ameaças com eficácia, tomando medidas adequadas e concitando para elas a colaboração de todos os portugueses.
E o que se passa na realidade? é os partidos, agências de empregos para os do clã e procurando egoisticamente a procura do poder e a sua manutenção quando o cavalgam, através da caça ao voto, esquecendo os interesses nacionais. Qualquer assunto, do mais importante ao menos significativo, em vez de ser analisado com vista aos interesses da Nação, é logo politizado, cada partido pretendendo retirar o máximo de dividendos para os próximos resultados eleitorais.
O País está permanentemente nas bancadas de um circo em que o espectáculo é apenas a sucessão de braços de ferro: lixeiros de Lisboa, professores, magistrados, médicos, etc. Não há nenhuma cabeça bem pensante que procure consensos benéficos à Nação, evitando perdas de tempo e de outros recursos e apenas ganhando o desprestígio de autoridades e profissionais dos diversos sectores, com nítido prejuízo para o País.
A estúpida teimosia acerca da OTA trouxe elevados custos ao País com benefícios apenas para os amigos do Governo que fizeram «estudos» que se amontoaram sob o pó dos gabinetes. Demorou a resolver-se o braço de ferro. Com os professores, quem está a ser lesado é a formação dos estudantes, que amanhã serão o0s dirigentes do País e irão coxos pela vida fora. Com a saúde e os fechos de tantos serviços prejudicou-se a vida de muita gente que ou morreu sem o devido tratamento ou retardou a cura dos seus males e muitos portugueses são naturais de Espanha. Com a ausência de uma boa reforma da Justiça, esta tem sido desprestigiada, o que é um mal de cura demorada. etc.
Todos esses males se devem à politização de tudo e todos e a ausência de um lema colectivo comum que se chamaria «sentido de Estado», amor ao País, dedicação à causa pública.
Aos políticos faz falta estudarem bem a metodologia da decisão, começando por uma avaliaçáo cuidada e séria da situação, da forma como, a traços largos, ficou dito no post «Pensar antes de decidir» publicado em 8 de Dezembro no blog Do Miradouro.
Abraço
João
Um abraço
João