"Esta quinta-feira há quatro fogos activos no continente sendo o de Outeiro, em Penafiel, aquele que concentra mais meios de combate.
O incêndio deflagrou na tarde de quarta-feira e tem agora duas frentes activas. Está a ser combatido por 80 bombeiros, apoiados por 25 viaturas. Também no distrito do Porto, em Nogueirinha, concelho de Amarante, uma área de mato está a arder desde o fim da tarde de quarta-feira e o fogo está a ser combatido por 62 bombeiros e 25 viaturas.
Já em Lázaro, concelho de Arouca, distrito de Aveiro, 72 homens e 20 veículos lutam para extinguir as duas frentes activas de um incêndio que deflagrou esta terça-feira. Arga de Cima, concelho de Caminha, também está a braços com o fogo, numa área de mato, desde segunda-feira.
As temperaturas altas que se fizeram sentir nos últimos dias vão continuar, o que não facilitará o combate às chamas."
In Jornal Digital de 29 de Julho de 2010.
Já por mais de uma vez aqui falei sobre esta praga que são os incêndios, claro que muito já foi dito dogmas foram iluminados, enfim....
Muitos chamam a nossa floresta como o petróleo de Portugal, recurso esse que nunca o soubemos aproveitar de modo eficiente, quer na criação de riqueza para o nosso país quer na melhoria da qualidade de vida das populações que aí habitam.
Se por um lado as nossas maiores riquezas florestais encontram - se em áreas deprimidas economicamente, por outro lado é nestas áreas que existe maior desemprego e falta de investimento.
Em teoria existem muitas formas de a gestão e ordenamento das nossas florestas gerarem dinheiro, no entanto muitas delas são geridas pelo estado, sendo que a gestão deste na sua maioria seja anedótica pois os resultados estão à vista( falta de limpeza das florestas, despejo de lixo e outros entulhos, falta de ordenamento florestal).
Por outro lado o tecido florestal e agrícola privados na grande maioria das regiões deprimidas apresenta - se ao abandono, fruto da falta de mão de obra que emigrou para outras paragens e da falta de associativismo na gestão da floresta.
Numa altura de desemprego agravado e falta de investimento em muitas destas regiões não seria rentável aproveitar de modo efectivo este recurso???
Porque não os terrenos que se encontram nas reservas ecológicas nacionais não serem geridas pelos concelhos???
Porque não existir parcerias de gestão privada das florestas de acordo com as especificidades de cada uma???
Porque não investir numa agricultura moderna e adequada às exigências do século XXI, por forma a criar empregos nestas regiões???
Fica o repto....
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