sexta-feira, maio 28, 2010

O cartel do PEC :De 1143 até 2010

Isto vai de mal a pior, todos os dias abrimos os jornais e somos bombardeados com cortes e mais cortes, aumentos de IVA e de IRS enfim....
Enquanto não formos à raiz do problema, que é de possuirmos um estado demasiado pesado fruto de gestões e compadrios danosos, serão sempre os mesmos a pagar a crise.
Quer venha governo A,B, ou C, o facto é que por mais que nos queiram tapar a visão, a nossa crise vem de à muito tempo, no entanto nunca aprendemos nada com os erros recentes da historia.
Continuamos a desvalorizar os méritos e a criar cada vez mais descontentamento, continuamos corruptos, burlões, e sem pensamento divergente uns dos outros no que realmente interessa.
Somos desde 1143, um país que nada aproveita o que de bom faz, ao longo da história nunca nos soubemos preparar e dinamizar de forma assertiva para combater este tipo de situações económicas.
Embora nos digam que possuímos um atraso industrial que nunca nos permitiu prosperar de igual modo com outros países.
Se por um lado fomos corajosos a descobrir novas paragens, nunca soubemos gerir os proveitos que essas descobertas trouxeram para o nosso país, veja - se a forma como gerimos os recursos existentes no Brasil, gastamos tudo em bens que não serviam para nada...
Veja - se por exemplo que o próprio Marquês de Pombal, estadista com visão global de instruir e dinamizar a nossa modesta economia foi radicalmente afastado quando quis mexer em interesses que no momento iriam ser afectados com as suas reformas.
Por outro lado a revolução industrial em Portugal chegou tarde e condicionada fruto de um tarado com a Inglaterra que em muitos nos prejudicou, o FACTO DE ESTARMOS SEMPRE À ESPERA QUE ALGUÉM FAÇO POR NÓS O QUE DEVEMOS SER NÓS A FAZER, prejudicou nos mais uma vez a nossa economia.
Outro factor importante a meu ver deveu - se ao facto de termos sempre possuído em Portugal uma cartelização elitista que sempre viveu independentemente da época virada para o seu umbigo, de costas sempre voltadas para os problemas das pessoas, desde a nobreza ao clero, passando pela burguesia após a revoluções liberais.
Esta cartelização elitista, apoiada numa forte propaganda cultural em massa tem vindo a criar ao longo do tempo um população estúpida, e de pensamento comum dominante.
Se por um lado a quando da primeira republica, foi instruído nas pessoas um ódio clerical, e elitista contra os vícios parasitas da Monarquia, por outro lado a própria republica criou novos vícios semelhantes aos da monarquias mas de uma forma mais deturpada e usando mais uma vez uma propaganda e falta de instrução das pessoas
da forma que mais lhes convinha.
O Estado Novo por um lado usou de uma forma mais explicita a propaganda ideológica por outro ládo e é aí que reside a dicotomia conseguiu com uma ditadura dar os primeiros passos para prosperar a nossa economia, no entanto DEVIDO À NOSSA FALTA DE MÃO DE OBRA QUALICADA E FALTA DE COMPETITIVIDADE ECONÓMICA teve de proteger as nossas industrias nacionais da concorrência exterior, factor esse que ainda hoje é a causa do nosso atraso em diversos domínios.
Com o 25 de Abril, e a entrada na CE, demos um passo maior que a perna, com o betão Cavaquista, e os sonhos de Guterres, os resultados de uma falta de instrução colectiva estão à vista, aliado a uma raiz histórica profundamente cartelista de quem usa o poder...