quinta-feira, março 01, 2012

Seca.... Quase nada se fez em mais de 30 anos....

Fonte: Nasa_2005


O primeiro dia do mês de Março apresenta – se com chuva, coisa muito rara este inverno pois segundo o Instituo de Metrologia afirma é a primeira vez em 80 anos que se verifica um inverno tão seco.
Os agricultores desde já se andam a queixar que não tem pasto para dar aos seus animais, bem como muitas culturas podem ficar totalmente destruídas.
Anthímio de Azevedo disse este sábado no jornal das 8 da TVI que não se recorda de «um inverno tão seco» e considerou que poderemos estar a viver «o começo de um período muito grave».«Não me lembro de um inverno tão seco. Não me consigo lembrar em 40 anos que estive ao serviço de uma situação destas», disse Anthímio de Azevedo.Questionado sobre a situação actual defendeu que a falta de água pode vir a ser um cenário habitual. «O começo de um período muito grave» que foi antevisto e publicado em Fevereiro de 2001 e que coloca a questão: Onde haverá água em 2025? Segundo o mesmo estudo, a Península Ibérica poderá ser o local da Europa onde vai ocorrer fala de água.·«Nós não tivemos inverno. Tenho a impressão que a Primavera vai ser mais ou menos uma sequência, talvez um pouco mais húmido do que, deste inverno. Não me parece que tenhamos chuva de compensação. Abrir pouco as torneiras, o mínimo e sobretudo não secar os poços, serão a última reserva que teremos água para beber, disse ainda Anthimio de Azevedo.
Agora desde os anos 70 que vários estudos de climatologia relacionados com fenómenos de seca afirmam que a península ibérica é propicia a este tipo de fenómeno metrológico.
No entanto em Portugal, pouco ou nada tem sido feito a este respeito se por um lado temos o tradicional problema agrícola, por outro temos de alterar e mudar comportamentos de consumo a respeito da nossa gestão diária da água.
Obviamente que poder politico não pode fazer com que chova, no entanto pode contribuir para gerir este recurso de uma forma mais sustentável, no entanto não se afiguraram no tempo grandes alterações com a excepção da barragem do Alqueva que segundo os responsáveis foi feita de forma a travar a desertificação sentida no Alentejo.
No entanto actualmente a mesma parece mais ser publicitada pela produção de energia eléctrica, e o potencial turístico…
O próprio abastecimento de algumas cidades como Bragança já começa a ser equacionado, e posto em causa pelo autarca local….
Agora vejamos desde os anos 70, que se sabe do ponto de vista científico a frequência deste fenómeno na península ibérica, no entanto os problemas de outrora continuam na ordem do dia sem que se tenha feito algo de concreto para minorar os problemas às populações e aos agricultores.
Vejamos o exemplo do plano hidrológico espanhol Plano estará incluído no novo Plano Hidrológico do país que o Governo quer aprovar para garantir fornecimento de água "de forma solidária" e em "qualidade e quantidade".
Árias Cañete, que tutela também as pastas de Alimentação e Ambiente, apresentaram a estratégia do Governo na comissão parlamentar onde hoje expôs algumas das linhas da sua política.
O governante explicou que vai rever "todos os planos de demarcação hidrográfica" potenciando a "reutilização e depuração", num projecto a coordenar com as Confederações Hidrográficas e com as Sociedades de Água.
O ministro explicou que haverá também uma "profunda" reforma legislativa para "compatibilizar a protecção do litoral com o desenvolvimento de actividades económicas não prejudiciais".
Pode – se dizer que em Espanha pelo menos existe vontade em combater este flagelo, apesar de o mesmo ter sido ao longo do tempo bastante polémico e não ter tido em conta os interesses nacionais no que concerne à gestão dos rios ibéricos no entanto, em relação ao nosso pais existe interesse e preocupação do poder politico em relação a este problema algo que cá em Portugal o poder politico apenas se preocupa quando sente as manifestações de agricultores afectados pela seca à porta da Assembleia da Republica.