domingo, setembro 30, 2007

O porquê de a Birmânia, não pertencer ao Eixo do Mal!


"A violenta repressão aos protestos contrários à junta militar que governa Mianmar pode ter causado um número de mortes maior do que o que vem sendo relatado, afirmou o premiê britânico, Gordon Brown, nesta sexta-feira. Dez mortes já foram confirmadas.
Entre as vítimas está o repórter japonês Kenji Nagai, 50, que morreu ontem durante um protesto em Yangun. Acostumado a cobrir conflitos, tendo trabalhado nas guerras do Iraque e Afeganistão, ele prestava serviços para uma agência de notícias japonesa e, com uma pequena câmera, gravava imagens dos protestos.
"Temo que a perda de vidas seja bem maior do que o que vem sendo informado", disse ele, após conversar por telefone com o presidente americano, George W. Bush, e com o premiê chinês, Wen Jiabao.
Brown pediu mais sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) e da União Européia (UE) contra o governo de Mianmar, dizendo que é preciso pressão internacional para que a "voz do povo seja ouvida" no país asiático.
AFP
Monges tailandeses demonstram apoio a protestos em frente à Embaixada de Mianmar
"Agora vemos imagens de Mianmar, e ouvidos as vozes das pessoas, não há censura nem violência que possa silenciar os mianmarenses. É por isso que a UE agora deve intensificar as sanções, o Conselho de Segurança (CS) deve agir, e a ONU deve se certificar de que o regime [de Mianmar] seja visitado [por um representante da entidade]", afirmou Brown.
Hoje, força de segurança intensificaram a repressão às manifestações, invadindo monastérios budistas e cortando o acesso à internet.
As medidas aumentaram a preocupação com a violência contra civis no país asiático.
Ao menos dez pessoas morreram na repressão aos protestos, que ocorrem desde agosto e se iniciaram devido a um aumento de combustíveis, mas acabaram por tomar um tom político e envolver os monges budistas, um grupo especialmente influente no país.
Mianmar é um país da Ásia meridional governado por uma junta militar desde 1988 que reprime com força manifestações a favor da democracia. Em setembro, monges budistas aderiram aos protestos -- os maiores em 20 anos.
Ao fechar os monges em monastérios, o governo pretende retirar as multidões das ruas.
Multidão
Manifestações diárias vêm reunindo centenas de milhares de pessoas que exigem o fim dos 45 anos de ditadura militar. O dia mais violento dos protestos ocorreu nesta quinta-feira, quando sandálias ensangüentadas ficaram espalhadas pelas ruas.
Durante os protestos, a multidão gritava: 'Queremos liberdade, queremos liberdade!'.
Nesta sexta-feira, devido à intensa repressão, poucos manifestantes foram às ruas. O maior número foi estimado no pagode [santuário oriental de vários andares em forma de pirâmide] Sule, onde cerca de 2.000 pessoas se reuniram.
Em outras áreas, forças de segurança dispersaram grupos de 200 a 300 pessoas que pretendiam marchar pelas ruas de Yangun, a maior cidade de Mianmar.
Centenas de pessoas foram detidas, levadas dos locais de manifestações em caminhões.
Caminhões levando tropas também invadiram monastérios budistas na região de Yangun, agredindo e detendo dezenas de monges, de acordo com testemunhas e diplomatas.
ONU
O Conselho de Direitos Humanos da ONU convocará uma sessão de urgência na próxima semana para discutir os protestos que estão ocorrendo em Mianmar e a repressão do regime militar, informaram nesta sexta-feira fontes diplomáticas européias.
Arte/ Folha Online
A realização de uma sessão especial é uma iniciativa do grupo de países ocidentais e, para ser aprovada, precisa do apoio de 16 dos 47 membros do Conselho de Direitos Humanos.
Segundo o procedimento previsto, após ter obtido o apoio mínimo necessário para a convocação, o presidente do CDH deverá fazer o anúncio, provavelmente na segunda-feira.
O Conselho, reunido em sua sexta sessão há três semanas, já debateu na quarta-feira os eventos em Mianmar, e várias delegações --especialmente as européias-- expressaram sua grave preocupação com a repressão das manifestações pacíficas e a violência usada contra monges e civis. Além das dez mortes, cerca de mil pessoas já foram detidas. "- Folha de São Paulo Online dia 30 de Setembro de 2007.


O que se está a passar na Birmânia é uma verdadeira catástrofe aos direitos humanos, no entanto a apregoada comunidade internacional não faz nada a não ser aplicar sanções económicas!

Mas já agora alguém sabe onde é a Birmânia? Parece que ao longo dos anos fomos esquecendo que este país situado ao sul da China, vive numa ditadura militar, igual ao Paquistão, (aliado dos defensores da democracia EUA, na luta contra o terrorismo), Coreia do Norte, ou Cuba.

O problema deste país reside em dois factores, para os EUA, o facto de não possuir recursos energéticos e ser do ponto de vista geopilitico, insignificante nas pretensões dos EUA na região, devido ao grande dragão Chinês, que faz parte do concelho de segurança da ONU.

Mais uma vez se prova que a ONU, fecha os olhos a muito dos males que se passam no mundo, o facto de um povo querer ser livre, deve ser um direito fundamental, não uma imposição!

Com o fim da guerra fria, em 1989 as ideologias que outrora serviam os países de mudarem o rumo do seu sistema politico, terminou com a vitória do interesse económico, em relação ao comunismo.

Apesar de a o sistema politico chinês ser comunista, a economia deste país têm crescido de forma assustadora.

Naturalmente este crescimento, tem exercido uma maior influência em termos sócio - económicos um pouco por toda a região, sustentando os regimes de conveniência em volta, como é o caso da Coreia do Norte!

Sendo assim, o povo da Birmânia, têm de sustentar uma verdadeira luta a favor da sua autodeterminação, da mesma forma que os timorenses lutaram contra o silêncio politico dos EUA, em relação à Indonésia no passado.

No entanto, falar é fácil por as acções em prática é um passo que pode levar a fazer novos mártires, no entanto é possível em nome da vontade de um povo em relação a um regime opressivo!

quarta-feira, setembro 19, 2007

Para ti.......

Quem frequenta este blog, já deve se ter apercebido, que por norma tenho o hábito de escrever a respeito de temas que dizem respeito a problemas usuais do dia a dia, de uma forma muito concreta e por vezes pouco emotiva no que concerne a sentimentos!
Hoje o texto é para ti.............
Andamos tão absorvidos com os nossos problemas, com as contas para pagar, com o chegar a horas ao trabalho, com uma panóplia de problemas que determinam o nosso comportamento!
O susto que apanhei, no domingo passado fez me pensar o quanto somos insignificantes perante a preocupação com quem mais gostamos, a dor que sentimos com o sofrimento de alguém próximo, deixa á margem os problemas do dia a dia!
Só quero que recuperes de pressa nada mais me interessa saber, quero que sejas feliz e com saúde pois sabes o que sinto, prefiro que tenhas saúde e uma longa vida saudável!
Recupera depressa, em nome daqueles que mais amas!
Eu Amo te muito, mas só quero que fiques boa depressa, só isso me importa agora!

domingo, setembro 02, 2007

Asfixia Empresarial!


"Portugueses atravessam a fronteira para atestarem depósitos Dezenas de portugueses transferem todos os anos o s seus negócios para Espanha. Tudo devido ao custo de vida mais barato e aos impostos mais baixos, o que também leva outros portugueses a fazer as suas compras no país vizinho. Manuel Carneiro e Manuel Almeida são dois exemplos que ilustram bem a desilusão de muitos quanto ao custo de vida actual. Manuel Carneiro, 48 anos, há 14 anos que se dedica ao ramo automóvel, efectuando deslocações a França, Suíça e até Alemanha para adquirir carros e vendê-los em Portugal. Durante alguns anos a sua empresa esteve sediada em Chaves, mas os "elevados impostos e o excesso de burocracia" fizeram-no fechar as portas e rumar para o outro lado da fronteira, para Verin, a 30 quilómetros de Chaves. "Em Portugal pagava 21% de IVA pelos lucros, em Espanha pago apenas 16%", explica. A título de exemplo da diferença de preços, Manuel Carneiro aponta um dos produtos que tem agora para venda, um Porsche Carrera 4 Cabriolet que em França custa 20 mil euros, em Espanha 23 mil e em Portugal 32 mil euros. "Em Portugal praticam-se normas absurdas que nos complicam a vida e que não são exigidas em mais nenhum outro país da União Europeia", afirmou. Os portugueses ficam a perder em tu-do. Ganham menos e pagam muito mais", salientou. Para já, Manuel Carneiro mudou apenas a sede da empresa mas pondera a hipótese de um dia, mais tarde, se mudar definitivamente para o lado de lá da fronteira. Já Manuel Almeida foi proprietário de uma estação de serviço em Chaves durante mais de uma década. O negócio estragou-se graças à proximidade de uma bomba de gasolina espanhola, a apenas 12 quilómetros de Chaves. A única solução foi fechar as portas e abrir o mesmo negócio em terras espanholas, em Feces de Abaixo. No entanto, e ao contrário do que imaginava, "também em Verin o projecto está a ser travado pela burocracia e dizem-me agora que tenho que esperar mais uns meses para efectuarem alterações ao Plano Director Municipal", salientou."O Governo português não sabe fazer contas. Pois as pessoas que abastecem em Espanha, para além do combustível, compram também outros produtos", sustentou. Manuel Almeida fez as contas: "Só na fronteira de Chaves, o Governo português perde em receitas de imposto sobre os combustíveis qualquer coisa como 30 milhões de euros por ano." As contas foram confirmadas pela Galp. Segundo o seu presidente, Manuel Ferreira de Oliveira, só a Galp Energia perde por ano mais de 100 milhões de euros." - In Diário de Noticias de 2 de Setembro de 2007.


Do que é que se estava à espera? Com uma carga fiscal brutal, sobre os pequenos empresários, e aliado a um baixo poder de compra dos portugueses é natural que quem mora em áreas perto da fronteira, sinta a necessidade de recorrer a Espanha!

Qualquer negócio em Portugal, que se queira começar, depara - se logo com uma burocracia gritante e desmoralizadora, será por isso que ainda hoje saudamos no tempo, os nossos feitos históricos dos descobrimentos, pois foi nessa altura que fomos empreendedores, e inovadores!

Não existe estudo nenhum que não aponte o fraco dinamismo empresarial da nossa economia!

Em parte este factor resume - se a um certo medo por parte do tecido empresarial português em investir, muito deste medo resulta da burocracia e apertada carga fiscal exercida pelo estado, que prefere agraciar com dotes multinacionais de referência que empregam mais de 500 pessoas numa dada região, e que ao fim de um conjunto de anos se vão embora, deixando um drama social imenso em determinadas regiões!

Muitos pequenos empresários, que querem investir em pequenos sectores da economia debatem - se com inúmeros entraves desde benefícios fiscais ou até o simples acesso ao crédito para a criação de empresas.

Eu acredito piamente que neste país existam muitas, pessoas que queiram criar e dinamizar uma determinada ideia, no entanto esta morre muitas vezes à partida!

Será esta uma das causas da nossa desilusão???