"A violenta repressão aos protestos contrários à junta militar que governa Mianmar pode ter causado um número de mortes maior do que o que vem sendo relatado, afirmou o premiê britânico, Gordon Brown, nesta sexta-feira. Dez mortes já foram confirmadas.
Entre as vítimas está o repórter japonês Kenji Nagai, 50, que morreu ontem durante um protesto em Yangun. Acostumado a cobrir conflitos, tendo trabalhado nas guerras do Iraque e Afeganistão, ele prestava serviços para uma agência de notícias japonesa e, com uma pequena câmera, gravava imagens dos protestos.
"Temo que a perda de vidas seja bem maior do que o que vem sendo informado", disse ele, após conversar por telefone com o presidente americano, George W. Bush, e com o premiê chinês, Wen Jiabao.
Brown pediu mais sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) e da União Européia (UE) contra o governo de Mianmar, dizendo que é preciso pressão internacional para que a "voz do povo seja ouvida" no país asiático.
AFP
Monges tailandeses demonstram apoio a protestos em frente à Embaixada de Mianmar
"Agora vemos imagens de Mianmar, e ouvidos as vozes das pessoas, não há censura nem violência que possa silenciar os mianmarenses. É por isso que a UE agora deve intensificar as sanções, o Conselho de Segurança (CS) deve agir, e a ONU deve se certificar de que o regime [de Mianmar] seja visitado [por um representante da entidade]", afirmou Brown.
Hoje, força de segurança intensificaram a repressão às manifestações, invadindo monastérios budistas e cortando o acesso à internet.
As medidas aumentaram a preocupação com a violência contra civis no país asiático.
Ao menos dez pessoas morreram na repressão aos protestos, que ocorrem desde agosto e se iniciaram devido a um aumento de combustíveis, mas acabaram por tomar um tom político e envolver os monges budistas, um grupo especialmente influente no país.
Mianmar é um país da Ásia meridional governado por uma junta militar desde 1988 que reprime com força manifestações a favor da democracia. Em setembro, monges budistas aderiram aos protestos -- os maiores em 20 anos.
Ao fechar os monges em monastérios, o governo pretende retirar as multidões das ruas.
Multidão
Manifestações diárias vêm reunindo centenas de milhares de pessoas que exigem o fim dos 45 anos de ditadura militar. O dia mais violento dos protestos ocorreu nesta quinta-feira, quando sandálias ensangüentadas ficaram espalhadas pelas ruas.
Durante os protestos, a multidão gritava: 'Queremos liberdade, queremos liberdade!'.
Nesta sexta-feira, devido à intensa repressão, poucos manifestantes foram às ruas. O maior número foi estimado no pagode [santuário oriental de vários andares em forma de pirâmide] Sule, onde cerca de 2.000 pessoas se reuniram.
Em outras áreas, forças de segurança dispersaram grupos de 200 a 300 pessoas que pretendiam marchar pelas ruas de Yangun, a maior cidade de Mianmar.
Centenas de pessoas foram detidas, levadas dos locais de manifestações em caminhões.
Caminhões levando tropas também invadiram monastérios budistas na região de Yangun, agredindo e detendo dezenas de monges, de acordo com testemunhas e diplomatas.
ONU
O Conselho de Direitos Humanos da ONU convocará uma sessão de urgência na próxima semana para discutir os protestos que estão ocorrendo em Mianmar e a repressão do regime militar, informaram nesta sexta-feira fontes diplomáticas européias.
Arte/ Folha Online
A realização de uma sessão especial é uma iniciativa do grupo de países ocidentais e, para ser aprovada, precisa do apoio de 16 dos 47 membros do Conselho de Direitos Humanos.
Segundo o procedimento previsto, após ter obtido o apoio mínimo necessário para a convocação, o presidente do CDH deverá fazer o anúncio, provavelmente na segunda-feira.
O Conselho, reunido em sua sexta sessão há três semanas, já debateu na quarta-feira os eventos em Mianmar, e várias delegações --especialmente as européias-- expressaram sua grave preocupação com a repressão das manifestações pacíficas e a violência usada contra monges e civis. Além das dez mortes, cerca de mil pessoas já foram detidas. "- Folha de São Paulo Online dia 30 de Setembro de 2007.
Entre as vítimas está o repórter japonês Kenji Nagai, 50, que morreu ontem durante um protesto em Yangun. Acostumado a cobrir conflitos, tendo trabalhado nas guerras do Iraque e Afeganistão, ele prestava serviços para uma agência de notícias japonesa e, com uma pequena câmera, gravava imagens dos protestos.
"Temo que a perda de vidas seja bem maior do que o que vem sendo informado", disse ele, após conversar por telefone com o presidente americano, George W. Bush, e com o premiê chinês, Wen Jiabao.
Brown pediu mais sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) e da União Européia (UE) contra o governo de Mianmar, dizendo que é preciso pressão internacional para que a "voz do povo seja ouvida" no país asiático.
AFP
Monges tailandeses demonstram apoio a protestos em frente à Embaixada de Mianmar
"Agora vemos imagens de Mianmar, e ouvidos as vozes das pessoas, não há censura nem violência que possa silenciar os mianmarenses. É por isso que a UE agora deve intensificar as sanções, o Conselho de Segurança (CS) deve agir, e a ONU deve se certificar de que o regime [de Mianmar] seja visitado [por um representante da entidade]", afirmou Brown.
Hoje, força de segurança intensificaram a repressão às manifestações, invadindo monastérios budistas e cortando o acesso à internet.
As medidas aumentaram a preocupação com a violência contra civis no país asiático.
Ao menos dez pessoas morreram na repressão aos protestos, que ocorrem desde agosto e se iniciaram devido a um aumento de combustíveis, mas acabaram por tomar um tom político e envolver os monges budistas, um grupo especialmente influente no país.
Mianmar é um país da Ásia meridional governado por uma junta militar desde 1988 que reprime com força manifestações a favor da democracia. Em setembro, monges budistas aderiram aos protestos -- os maiores em 20 anos.
Ao fechar os monges em monastérios, o governo pretende retirar as multidões das ruas.
Multidão
Manifestações diárias vêm reunindo centenas de milhares de pessoas que exigem o fim dos 45 anos de ditadura militar. O dia mais violento dos protestos ocorreu nesta quinta-feira, quando sandálias ensangüentadas ficaram espalhadas pelas ruas.
Durante os protestos, a multidão gritava: 'Queremos liberdade, queremos liberdade!'.
Nesta sexta-feira, devido à intensa repressão, poucos manifestantes foram às ruas. O maior número foi estimado no pagode [santuário oriental de vários andares em forma de pirâmide] Sule, onde cerca de 2.000 pessoas se reuniram.
Em outras áreas, forças de segurança dispersaram grupos de 200 a 300 pessoas que pretendiam marchar pelas ruas de Yangun, a maior cidade de Mianmar.
Centenas de pessoas foram detidas, levadas dos locais de manifestações em caminhões.
Caminhões levando tropas também invadiram monastérios budistas na região de Yangun, agredindo e detendo dezenas de monges, de acordo com testemunhas e diplomatas.
ONU
O Conselho de Direitos Humanos da ONU convocará uma sessão de urgência na próxima semana para discutir os protestos que estão ocorrendo em Mianmar e a repressão do regime militar, informaram nesta sexta-feira fontes diplomáticas européias.
Arte/ Folha Online
A realização de uma sessão especial é uma iniciativa do grupo de países ocidentais e, para ser aprovada, precisa do apoio de 16 dos 47 membros do Conselho de Direitos Humanos.
Segundo o procedimento previsto, após ter obtido o apoio mínimo necessário para a convocação, o presidente do CDH deverá fazer o anúncio, provavelmente na segunda-feira.
O Conselho, reunido em sua sexta sessão há três semanas, já debateu na quarta-feira os eventos em Mianmar, e várias delegações --especialmente as européias-- expressaram sua grave preocupação com a repressão das manifestações pacíficas e a violência usada contra monges e civis. Além das dez mortes, cerca de mil pessoas já foram detidas. "- Folha de São Paulo Online dia 30 de Setembro de 2007.
O que se está a passar na Birmânia é uma verdadeira catástrofe aos direitos humanos, no entanto a apregoada comunidade internacional não faz nada a não ser aplicar sanções económicas!
Mas já agora alguém sabe onde é a Birmânia? Parece que ao longo dos anos fomos esquecendo que este país situado ao sul da China, vive numa ditadura militar, igual ao Paquistão, (aliado dos defensores da democracia EUA, na luta contra o terrorismo), Coreia do Norte, ou Cuba.
O problema deste país reside em dois factores, para os EUA, o facto de não possuir recursos energéticos e ser do ponto de vista geopilitico, insignificante nas pretensões dos EUA na região, devido ao grande dragão Chinês, que faz parte do concelho de segurança da ONU.
Mais uma vez se prova que a ONU, fecha os olhos a muito dos males que se passam no mundo, o facto de um povo querer ser livre, deve ser um direito fundamental, não uma imposição!
Com o fim da guerra fria, em 1989 as ideologias que outrora serviam os países de mudarem o rumo do seu sistema politico, terminou com a vitória do interesse económico, em relação ao comunismo.
Apesar de a o sistema politico chinês ser comunista, a economia deste país têm crescido de forma assustadora.
Naturalmente este crescimento, tem exercido uma maior influência em termos sócio - económicos um pouco por toda a região, sustentando os regimes de conveniência em volta, como é o caso da Coreia do Norte!
Sendo assim, o povo da Birmânia, têm de sustentar uma verdadeira luta a favor da sua autodeterminação, da mesma forma que os timorenses lutaram contra o silêncio politico dos EUA, em relação à Indonésia no passado.
No entanto, falar é fácil por as acções em prática é um passo que pode levar a fazer novos mártires, no entanto é possível em nome da vontade de um povo em relação a um regime opressivo!