segunda-feira, outubro 31, 2011

Desemprego = Emigração

Fonte: Google Imagens


"O jovem desempregado em vez de ficar na "zona de conforto" deve emigrar, disse o secretário de Estado da Juventude e do Desporto.
"Se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras", disse o governante, que falava para uma plateia de representantes da comunidade portuguesa em São Paulo e jovens luso-brasileiros.
Segundo o mesmo responsável, o país não pode olhar a emigração apenas com a visão negativista da "fuga de cérebros".
Para Miguel Mestre, se o jovem optar por permanecer no país que escolheu para emigrar, poderá "dignificar o nome de Portugal e levar know how daquilo que Portugal sabe fazer bem".
Caso a opção seja por, no futuro, voltar a Portugal, esse emigrante "regressará depois de conhecer as boas práticas" do outro país e poderá "replicar o que viu" no sentido de "dinamizar, inovar e empreender".
Com o intuito de capacitar o jovem português e aumentar os laços com outros países, o responsável diz que o governo português pretende incentivar também os intercâmbios estudantis e os estágios no estrangeiro.
A presença do jovem no estrangeiro será um dos temas abordados do Livro Branco da Juventude, que deverá ser lançado a 02 de Novembro, disse.
Miguel Mestre falou à Agência Lusa no seminário "Luso-brasilidade: Reflexões e Actualidade", iniciativa piloto para aproximar o governo das comunidades portuguesas em outros países.
Presentes no seminário estiveram também o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, o secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, e o secretário de Estado Adjunto dos Assuntos Parlamentares, Feliciano Barreiras Duarte." - Diário Económico de 31/10/2011




Quando em 2005, apresentei um estudo a respeito do impacto positivo da emigração nos concelhos de Fornos de Algodres, Seia e Gouveia, fiquei com a clara ideia que muito do investimento privado nesses concelhos teria surgido graças aos emigrantes, quer na altura em que regressavam à terra de origem, bem como na forma como investiam as suas poupanças.
As poupanças eram quase sempre investidas na educação dos filhos, seguido da aquisição ou neste caso construção de habitação na terra de origem, apenas em seguida é que vinha o investimento propriamente dito a nível empresarial.
Quando hoje li as declarações deste membro do governo penso que do meu ponto de vista não existe maior vergonha que um país possa ter, ao ver os seus filhos partir para outras paragens, sem nada ter feito para os cativar....
Do meu ponto de vista muitas das pessoas que emigraram não o teriam feito se tivessem tido as oportunidades de EMPREGO, INVESTIMENTO, E IGUAL TRATAMENTO NAS QUESTÕES LABORAIS, QUE NÃO NOS DEIXAM TER EM PORTUGAL.
Veja - se o orçamento de estado para 2012, fortemente penalizador para os portugueses...
Eu pergunto como é que se pode investir num país onde a carga fiscal aplicada às empresas e às pessoas não serve nem uns nem outros?
Onde burlões e corruptos passeiam impunemente pelas calçadas deste país sem que nada lhes aconteça?
Que ensino ministram nas nossas escolas, que não nos preparam para os desafios económicos e sociais do futuro?
Que classe politica é esta que tenta usurpar da nossa terra a nossa maior riqueza que é o capital humano(pessoas)?
Perguntem a que está emigrado se não sentes saudades da sua terra, e que se Portugal tivesse oferecido outras condições não teriam optado por ficar.....