“O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou, esta
sexta-feira, que o Governo rejeita associar-se, nesta fase, à expectativa de
aumento do salário mínimo nacional discutida entre os parceiros sociais.
O que temos presente é a proposta que, nesta altura, tem sido objecto de
discussão entre os parceiros sociais, e à qual o Governo não se associará,
nesta fase, quanto à criação de expectativa de elevação do salário mínimo
nacional", afirmou Pedro Passos Coelho, durante o debate quinzenal na
Assembleia da República.
O primeiro-ministro defendeu que "pôr o Governo a determinar por
lei a obrigação de elevação do salário mínimo seria o maior presente envenenado
que nós poderíamos dar às empresas, aos portugueses e ao país", porque
agravaria o desemprego e a competitividade externa de Portugal, mas apelou às
empresas com margem para aumentar salários para que o façam por iniciativa
própria.” – In JN de 22 de Março de
2013.
Viver com muito pouco
dinheiro no dia a dia é uma aventura á qual muitos portugueses infelizmente já
estão a ficar habituados.
A verdade é que nunca fomos
um país rico ao nível de prosperidade e consequente distribuição justa da
riqueza criada.
Senão vejamos um director ou
administrador ganha 6 vezes mais que o funcionário com o salário mais baixo, podem me dizer tem mais estudos é mais
competente tem mais capital, investiu toda a sua fortuna no investimento etc.
A realidade é que
se compararmos a forma como a riqueza criada é distribuída com outros países da
União Europeia ficamos em ultimo lugar da tabela pois até a Grécia nos passa à
frente.
O que é ainda mais
incompreensível é visões de pessoas com responsabilidade politica que afirmam
que aumentar salários neste momento é perverso para a economia, bem como
empresários de cadeias de distribuição a tocarem no mesmo sentido.
O que será que
pretendem que um português ganhe cerca de 1 euro por dia, como a China e outras
economias emergentes fazem, sim por essa lógica iremos atrair muito investimento
estrangeiro, pois teremos salários muito competitivos com essa economia, e este
argumento servirá para continuarmos a ter uma carga fiscal muito pesada sobre
as empresas e os particulares.
Será a politica do
desequilíbrio por um lá impostos altos para alimentar as mordomias das elites
politicas e agiotas da má gestão estatal, por outro baixamos os salários para
compensar esta politica desastrosa.
Gostava de ver os
representantes de cargos políticos a ganharem o salário mínimo em Portugal,
pois servir os interesses nacionais deveria ser uma honra e deveriam dar o
exemplo, não o processo de ascender a uma carreira de burguesismo e novo
riquismo apenas virado para o seu próprio umbigo.
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Fonte: O Próprio
