terça-feira, abril 19, 2011

FMI e o Sentido de Estado!



Uma das maiores vergonhas nacionais, reside no facto de desde 1986, termos andado a usar fundos comunitários para proveito de algumas elites e não para usarmos os mesmo para o desenvolvimento económico da nossa economia e por consequência a melhoria do nosso nível de vida.
Tivemos uma oportunidade soberana de nos desenvolvermos mas fomos acreditando que a torneira nunca iria secar.
Os lobbies da construção civil esfregou as mãos de contente, na época, com o aval então do poder autárquico e central, em resultado o ordenamento do território pagou uma pesada factura com consequências sociais gravíssimas em algumas áreas metropolitanas portuguesas.
Do ponto de vista económico usurpamos o nosso tecido produtivo, baseado até então na mão-de-obra barata e poço qualificada como resultado destruímos pontos vitais da nossa economia, aumentando drasticamente as importações, já para não falar da agricultura e das pescas, que em vez de nos modernizarmos fomos alimentando burocracias que em nada nos ajudaram a criar riqueza, antes pelo contrario.
Com esta politica facilitamos ainda mais o êxodo rural, e o consequente abandono dos campos, nem as próprias politicas de reflorestação encontram – se totalmente desenquadrados com os proveitos que daí poderiam ser vantajosos para o nosso país. Os incêndios de verão continuam a encher as páginas dos jornais na altura do verão.
Para o desastre ser completo o facto de a nossa classe politica ser da mais incompetente que se possa ter, pois não teve a honestidade de gerir estes fundos de forma responsável e séria, os resultados estão à vista agora andamos a ser ridicularizados pela Finlândia e Alemanha a respeito da nossa conduta, pois já nem estes parceiros económicos acreditam em nós e nos dão com toda a razão valentes puxões de orelhas.
Em 868 anos de história como é possível ainda recebermos lições de alguém a respeito da nossa conduta, bem sem que nunca tivemos um elevado grau de literacia, e que andamos sempre à espera de um messias, no entanto temos de admitir nunca tivemos desde à muito tempo uma classe politica que apresentasse um verdadeiro sentido de estado e honestidade. Por estranho que pareça, a ultima pessoa com esse perfil foi no longínquo ano de 1980, mas teve “azar” e morreu em circunstancias estranhas…
Antes disso tivemos um “ditador” para quem o estado era considerado pessoa de bem, um “ditador”, realmente até hoje não se conhece nenhum caso de corrupção durante a sua vigência….
È muito triste observar que é necessário recorrer aos confins da história contemporânea para se poder encontrar pessoas de honestas e com sentido de estado.