domingo, abril 27, 2008

4º Jornadas pelo Interior: Maior central solar do mundo no Alentejo!!!



A maior central solar do mundo situa - se no concelho alentejano de Serpa, num investimento de 61 milhões de euros que irá permitir produzir energia "limpa" para a rede eléctrica nacional nos próximos 15 ano

A central solar Fotovoltaica de Serpa (Beja), no local da unidade, situada perto da freguesia de Brinches.

Piero dal Maso, da Catavento, empresa portuguesa de energias renováveis que desenvolveu e gere o projecto, explicou que a central entra em pleno funcionamento a partir de hoje, apesar de já estar a funcionar de forma experimental desde Janeiro.

"Desde 21 de Janeiro que estamos a produzir energia para a rede eléctrica nacional, mas de forma experimental para testar e optimizar o desempenho dos equipamentos", precisou, explicando que a electricidade está a ser injectada na linha de média tensão que abastece os concelhos de Beja, Moura e Serpa.

"A inauguração da central representa o culminar de anos de esforços administrativos e regulamentares na nossa estratégia de implementar um grande projecto solar em Portugal" referiu Piero Dal Maso, esperando que a central "demonstre que a energia solar fotovoltaica é uma promissora fonte de energia alternativa, que deveria estar livre de bloqueios".

Localizada numa área de 60 hectares, dos quais 32 estão cobertos por 52 mil painéis fotovoltaicos, a Central Solar Fotovoltaica de Serpa é a maior do mundo, dispondo de uma capacidade instalada de 11 megawatts, quase o dobro do que a actual maior central situada na Alemanha.

Sem custos de fuel ou emissões, a central vai produzir 20 gigawats/hora de energia por ano que, segundo Piero dal Maso, será suficiente para alimentar oito mil habitações e poupar mais de 30 mil toneladas em emissões de gases de efeito de estufa em comparação com uma produção equivalente a partir de combustíveis fósseis.

Com base numa tarifa de 0,31 euros por kilowatt/hora, Piero dal Maso acrescentou que a central irá vender energia à rede eléctrica nacional nos próximos 15 anos, contribuindo, desta forma, para "reforçar o compromisso de Portugal em apostar em energias renováveis limpas e fiáveis, como a solar".

Com um investimento total de 61 milhões de euros, a central envolveu cerca de 200 trabalhadores durante a construção, que decorreu entre Junho e o final de 2006, e vai criar cinco postos de trabalho permanentes.

Além da Catavento, a central envolve também a General Electrics (GE), financiadora do projecto e proprietária da central, e a Powerlight, empresa fornecedora mundial de sistemas de energia solar que vai operar e manter a central.

A central solar de Serpa, a primeira grande instalação do género a entrar em produção em Portugal, será a maior do mundo até à efectiva entrada em funcionamento da central fotovoltaica projectada para o concelho vizinho de Moura.

Esta central encontra - se a funcionar desde fevereiro de 2008.

quinta-feira, abril 17, 2008

A Justiça é cega??????


"Torres desafia tribunal e insulta procurador
Avelino Ferreira Torres foi igual a si mesmo no julgamento que ontem começou no Marco de Canaveses e onde é acusado de três crimes de abuso de poder, um de corrupção, outro de extorsão e um último de peculato.


Sem papas na língua, afrontou a juíza e pôs em causa a independência do Ministério Público. 'O senhor procurador é tendencioso', afirmou o ex-autarca quando pediu a palavra e depois de ter dito que não prestava declarações sobre as acusações. Foi de imediato advertido pela juíza, com quem trocou argumentos sobre quem tem autoridade no tribunal. 'Aqui, comigo o senhor não fala assim. Não vai tecer considerações pessoais sobre qualquer interveniente neste tribunal, incluindo o senhor procurador', avisou Teresa Silva. Avelino respondeu: 'Então tape-me a boca.' A juíza voltou a adverti-lo: 'Tapar a boca não é expressão que se use neste tribunal.'

Ferreira Torres reagiu e, de olhar cerrado sobreamagistrada, continuou: 'Não admito lições de moral quando sou mais velho do que a senhora.' O diálogo foi subindo de tom, com Teresa Silva a tentar que o arguido acatasse as advertências do tribunal para se manter em silêncio.

'A idade aqui não conta, senhor Avelino', disse, lembrando que no tribunal tem de se falar com correcção. 'Lá fora é que pode falar como entender', continuou a magistrada.

ADVOGADO DAS DUAS PARTES

O segundo momento do dia foi protagonizado por Assunção Aguiar, ex-chefe de gabinete de Avelino Torres e ex-acusada no mesmo processo. Agora é assistente e a sessão foi interrompida quando os juízes perceberam que a sua advogada também defendia Ferreira Torres.

Esta renunciou à defesa do autarca e ficou apenas com a assistente. Acabou por provocar nova interrupção da audiência quando teve uma crise de choro. Após a advogada lhe falaremJoséFaria,Assunção Aguiar disse que estava assustada e que a família da testemunha a tem ameaçado com telefonemas e abordagens na rua.

JUÍZA QUER TESTEMUNHA PROTEGIDA

JoaquimFaria, irmão da testemunha-chave que diz estar noBrasil e que estará a ser ameaçada por Ferreira Torres, entregou ontem um requerimento ao tribunal a pedir que o familiar fosse alvo de protecção judicial. A juíza avaliou o pedido e ontem mesmo, na abertura da audiência, garantiu que iria oficiar à Comissão de Protecção de Testemunhas para que avaliasse o caso. 'As acusações são de particular gravidade, porquanto a referida testemunha chega a dizer que indubitavelmente a partir desta data passará a correr risco de vida', referiu a magistrada que preside ao colectivo, pedindo tambémà Interpol que avalie sobre a veracidade das queixas e informe com carácter de urgência o tribunal.

'ACREDITO NA JUSTIÇA DE FAFE'

Faz o ‘V’ de vitória com os dedos e gesticula. Critica o atraso dos juízes e chama pelo ministro da Justiça para colocar ordem na casa. Anda para a frente e para trás e ri--se. Brinca e dispara directamente para o público, que entra rapidamente no jogo. Ferreira Torres está na sala de audiências, onde começará a ser julgado menos de uma hora depois, mas todos parecem achar legítima a forma irónica co-mo reage à Justiça portuguesa.

Os comentários visando o procurador, as acusações ao denunciante, as piadas directas a Joaquim Faria – que no exterior do tribunaldáumaconferênciade imprensa denunciando as agressõesaoirmão.Opúblicori-se eAvelinoTorresdizquedevem pensar que ele lhes vai pagar as dívidas.

O circo que começara no interior do tribunal continua. 'Já não há bilhetes', dispara o autarca sem pelouro em Amarante para os jornalistas que chegam atrasados e já não têm lugar na sala de audiências. 'Acredito na Justiça Divina. E na de Fafe, que é mais rápida', tinha dito momentos antes, num desafio claro ao tribunal que se preparava para o julgar.

Ninguém o cala, advogados e funcionários judiciais sorriem. Todos lhe acham graça e a maioria obedece-lhe. O momento alto, afinal, tinha acontecido pouco passava das 09h30. A funcionária tentava fazer a chamada para o julgamento mas a sua voz era suplan-tada pela de Ferreira Torres, que falava aos jornalistas. A funcionária pediu silêncio e o autarca não se conteve. 'Espere, que estamos a trabalhar!' A funcionária obedeceu. A chamada para o julgamento foi adiada para que Ferreira Torres terminasse as entrevistas.

OUTROS PROTAGONISTAS

'JÁ NÃO HÁ PACIÊNCIA': Gil Mendes | Denunciante deste e de outros processos

Gil Mendes é o denunciante deste e de outros inquéritos visando Ferreira Torres. Foi autarca em Ariz, uma freguesia do Marco, e acusou Torres de o ter agredido no gabinete. Esteve ontem no tribunal mas não foi ouvido. 'Já não há paciência', disse ao CM enquanto assistia aos ‘comícios’ do ex-presidente de câmara.

'AGORA NÃO PODE FALAR': Luísa Loureiro | Advogada de Ferreira Torres e de Assunção

Já durante a manhã a posição de Luísa Loureiro era dúbia. 'Agora ela não pode falar', explicava a advogada da assistente (legalmente um auxiliar do Ministério Público) ao arguido. À tarde percebeu-se o equívoco. Afinal, Luísa Loureiro defendia as duas partes, o que não é possível. Pode vir a responder na Ordem.

DE ARGUIDA A ASSISTENTE: Assunção Aguiar | Ex-chefe de gabinete de Ferreira Torres

Assunção Aguiar, ex-chefe de gabinete de Torres, foi acusada de um crime pelo Ministério Público. O juiz não a pronunciou e agora constituiu-se assistente. Ramísio Melhorado, procurador, alertou para as regras do Direito. O assistente é um auxiliar do Ministério Público, não um complemento da defesa do arguido.

NOTAS

NÃO CONHECE PROCESSOS

À juíza Torres diz desconhecer se tem outros processos pendentes.Depois lembra-se: há um no Marco e outro em Amarante.

GNR RI-SE DE INSULTOS

Torres passa por Gil Mendes e grita: 'Javardo!' Volta atrás e repete. O comandanteda GNR acha graça e ri-se.

DINHEIRO PARA O FUTEBOL

Um dos casos em julgamento envolve dois cheques dados por um empreiteiro em troca de um arruamento. Um foi para o futebol, outro para a conta de Torres

MANSÃO DE LUXO NO MARCO

Um dos processos em inquérito está relacionado com a suspeita de falsificação do PDM para que Torres conseguisse um elevado empréstimo para a sua casa

CHEQUES DA CÂMARA

A Acusação diz que Ferreira Torres aceitou endossos directos de cheques da autarquias dirigidos a empreiteiros para as suas contas particulares"

Manuela Teixeira/Tânia Laranjo - In Correio da Manha On Line.

Que justiça é esta onde é permitido tamanha falta de respeito às instiuições que supostamente deveriam ser crediveis e cegas em relação ao estatuto da pessoa que se está a julgar.
Um dia disseram: " Senhora esperta! A justiça usa uma venda!!!
Em Portugal não!!
Deixo o repto, se fosse eu cidadão comum a ter este comportamento, provavelmente seria preso por falta de respeito ao tribunal, mas enfim, não sou autarca......

sábado, abril 05, 2008

Multinacionais - A Utopia de Portugal!!!!!


"Num só dia, duas unidades fabris de componentes para automóveis anunciaram o despedimento colectivo de 900 trabalhadores. A Yazaki Saltano (cablagens) vai fechar a unidade de Vila Nova de Gaia, dispensando 400 colaboradores até ao fim deste mês, e a Delphi, em Ponte de Sor, vai mandar para a rua 500 operários, cuja saída está aprazada até Março de 2009.


Em ambos os casos, o anúncio foi feito ontem, durante a tarde, apanhando trabalhadores e representantes sindicais de surpresa. "Não é inocente que o comunicado se faça à sexta-feira à tarde. Isto é para evitar reacções", refere fonte do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Norte.

No caso da multinacional americana Delphi, que produz componentes para automóveis (airbags, volantes, fechos de portas e apoios), o encerramento terá, segundo os sindicatos, um "forte impacto social na região". Em comunicado, a Delphi refere que a decisão foi tomada após uma revisão efectuada à situação da fábrica e respectivos produtos, e após várias tentativas sem sucesso de vender linhas de produto-não-chave.

A empresa diz ainda que está consciente dos problemas que o fecho da unidade criará na região e garante total disponibilidade para negociar com trabalhadores, fornecedores e clientes, o que deverá acontecer a partir de segunda-feira. Segundo o mesmo comunicado, a produção de airbags será deslocalizada para a Hungria.

Os 80 trabalhadores a contrato vão sair já no Verão, enquanto que até Março de 2009, será a vez dos 450 funcionários do quadro da empresa, que labora em Ponte de Sor desde 1980. "Esta situação vai trazer muitos problemas. Na fábrica a média de idades é de 48 anos e existem 45 casais. As pessoas vão para o desemprego e depois com estas idades quem é que arranja um trabalho?", questionaFrancisco Basílio,delegado do Sindicato da Indústrias Metalúrgicas e Afins e funcionário da empresa há 26 anos.

Paraterça-feira,pelas 14h00, está agendado um plenário de trabalhadores.

GOVERNO PROCURA SOLUÇÕES

"Estamos a trabalhar, há já algum tempo, em soluções", para a Delphi e Yazaki, assegurou ontem Basílio Horta, presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), entidade tutelada pelo Ministério da Economia. Basílio Horta garante que o Governo "tudo fez" para evitar esta situação de despedimentos mas adiantou que "vão avançadas as negociações para encontrar compradores para a Delphi". O presidente da AICEP sublinhou ainda que nenhuma das duas empresas recebeu benefícios fiscais. "Se recebessem não se iam embora assim", salientou.

YAZAKI SALTANO JÁ AMEAÇA DESPEDIR DESDE 2005

A multinacional japonesa Yazaki Saltano atravessa há três anos uma profunda crise, ameaçando deslocalizar para Marrocos e Roménia. Depois de largas centenas de despedimentos faseados em Ovar, chegou agora a vez do fecho da unidade de Gaia. Segundo a empresa, a decisão deve-se "à conjuntura económica" e "ao fim da produção do modelo M59 para a Peugeot Partner/Citroën Berlingo". Quanto à unidade de Ovar, com 1053 trabalhadores, e o Centro Tecnológico de Gaia, com 253 funcionários, não há, para já, informações que apontem para o encerramento. O sindicato só se irá pronunciar na próxima segunda-feira." - In Correio da Manhã de 5 de Abril de 2008.

Quando em 1986, entramos na União Europeia, Portugal apresentava - se como um país atractivo ao investimento estrangeiro, proveniente de países economicamente mais avançados, grandes multinacionais entraram no nosso país, atraídas pelos baixos salários praticados em Portugal, apoios da União Europeia e apanágio do aparelho de Estado de então.
Resta ainda referir que muitas multinacionais viam em Portugal uma forma de alargar mercados e de investir em zonas seguras e pró - ocidentais a nível politico (não nos devemos esquecer que ainda os países de leste estavam sob hegemonia da União Soviética.
Tudo o estado lhes deu, pagamentos de tarifas de água por parte de municípios, isenções fiscais, pagamento da factura energética, terrenos vendidos ao centavo por metro quadrado, por outro lado asfixiava as pequenas e médias empresas nacionais, já para não falar das micro - empresas....
E qual foi a atitude destes senhores, quando a torneira começou a fechar da União Europeia, e os salários dos portugueses começaram a ficar muito caros em relação aos praticados noutros países do leste europeu, vão - se embora com a agravante que a nossa mão de obra não possui formação técnica e dinamismo intelectual para investir de forma produtiva, o resultado é simples DESEMPREGO, COM GRAVES CONSEQUÊNCIAS PARA AS FAMÍLIAS E PARA A SOCIEDADE PORTUGUESA.
No entanto continua - se a apostar numa politica de betão, em detrimento de enriquecer intelectualmente a nossa mão de obra, por este andar continuaremos na cauda da Europa, por muitos e bons anos!!!